?ADVOGADO URUBU?

7961 Jornal O Avaré 11/10/2013 12:47:51

Tanto os jornais quanto algumas emissoras de rádio muito têm noticiado a crise do desemprego, a não instalação de grandes empresas em Avaré e região, a não contratação da mão de obra ociosa pelo comercio, e por aí afora.

 

E, sendo assim, cabe a pergunta: como poderemos manter um alto índice de emprego se os encargos são cada vez maiores e mais caros; 13º salário, férias mais um terço, FGTS, INSS, multa por dispensa, aviso prévio... Onde vamos buscar esse dinheiro todo? Com a recessão em que estamos entrando, demitir é um verdadeiro castigo e contratar empregado, pior ainda. E, se ainda a coisa acaba em ação trabalhista - Deus o livre -, a empresa acaba escalpelada.  Há sempre um jeitinho de o advogado tirar o dinheiro da firma, particularmente aquele pseudo profissional, comprovadamente incapacitado para atuar em outras áreas do direito, que sobrevive da desgraça alheia nas portas da justiça trabalhista, tendo como “modus-operandi” a safadeza, incentivando o empregado a entrar com a reclamação contra o patrão junto à Vara do Trabalho para ganhar seu honorário na moleza.

 

Alguns, ainda, na maior “cara de pau”, evocam a Justiça Dativa, requerendo os benefícios da assistência jurídica gratuita, mentindo sobre suas condições econômicas no momento, como se ele (reclamante) tivesse procurado esse recurso de livre e espontânea vontade, mas na realidade a conversa entre ambos (“defensor” e “reclamante”) já havia ocorrido dias atrás. E sua ida até a sede da OAB, em tempo de plantão do dito advogado, só serve para oficializar a combinação anterior sob o pretexto de uma possível injustiça cometida pelo patrão contra o pobre coitado do empregado que não possui recursos nem para contratar um profissional. Agindo assim, acha que irá amolecer o “duro” coração do Juiz Trabalhista.

 

Para tanto, carrega o pedido nas horas extras que quase ou nunca são realizadas, inventa regalias e valores para incorporar ao salário do empregado, prolonga o tempo de prestação de serviço, cita férias e 13º salário como se nunca tivessem sido pagos, enfim, aplica os mais variados artifícios para aumentar o montante reivindicado e, deste modo, forçar um acordo vantajoso, na maioria das vezes, mais para si mesmo que para o incauto reclamante, e por aí, de forma contumaz, vai cometendo seus “assaltos” aos bolsos dos reclamados, infelizmente, aqui protegido pelo manto da Lei. Essa prática violenta e injusta precisa acabar. Que venha uma nova e ampla reforma na CLT; que a OAB, subsessão de Avaré, tome alguma providência urgente e puna exemplarmente esses verdadeiros “urubus” que denigrem a imagem da classe.

 

Carlos “Cam” Dantas

 

NR: O artigo acima foi inserido no Jornal Diário da Terra ma edição de 15/11/2003 e teve grande repercussão, pois feriu sensibilidades outras. Transcorridos 10 anos, “ipisis-letteris” o problema continua o mesmo, como se a referida opinião tivesse sido redigida no dia de ontem. Só que agora mudou de endereço e, a denúncia que recebemos aponta para a visinha cidade de Itatinga. Lamentável, “Dr. Devogado”!

 

("Cam")

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