Em entrevista coletiva à Imprensa na tarde desta quarta-feira, 21, o prefeito da Estância Turística de Avaré, Poio Novaes falou sobre a atual situação financeira da Prefeitura. Ele destacou a cidade terá até o fim deste ano perdas de cerca de R$ 16 milhões em razão da queda nos repasses do Fundo de Participação dos Município (FPM) e ICMS (Imposto sobre circulação de mercadorias e serviços).
Gestão
O prefeito detalhou que está tomando as medidas necessárias para conter os efeitos da crise financeira que o País atravessa. A redução no número de funcionários nomeados foi um dos pontos destacados. A Prefeitura tem hoje 36 funcionários em cargos de comissão, apenas 18% do total do que a administração municipal anterior empregava em 2012. Naquele mês, a máquina pública municipal tinha 137 pessoas nomeadas. Atualmente, outros 35 funcionários efetivos ocupam cargos em comissão. “Temos menos comissionados do que cidades menores como Cerqueira César e Taquarituba. São pessoas dedicadas e essenciais aos serviços da cidade, como o Oscar Ayres, da Garagem Municipal. E pretendemos diminuir ainda mais”, afirmou.
“Estamos cumprindo a Lei e fazendo o que os dois prefeitos que me antecederam não fizeram”, afirmou sobre o pagamento de R$ 45 milhões em atraso (não pagos desde 2008) feito para fornecedores diversos desde janeiro de 2013, quando assumiu o Governo Municipal. Em dezembro de 2012, a Prefeitura totalizava R$74.9 milhões em débitos com fornecedores (restos a pagar). Este montante hoje é de R$ 29.7 milhões. “Fazer o que os governos anteriores não fizeram é a nossa diferença”, disse.
O prefeito também apresentou uma relação de precatórios (empresas que tem recebíveis com a Prefeitura) de cerca de R$ 80 milhões, que deverão ser pagas até 2020. Como exemplo, destacou uma dívida de R$ 4.4 milhões com o Escritório Central de Arrecadação (ECAD), que deveria ter sido pago em uma festa de peão em 1997. “Essa irresponsabilidade terá que ser paga pelos avareenses”, disse.