A VOZ DA REPRESA - Costa Azul & Adjacência

“A crítica ou o elogio de cara nova”

21468 Jornal O Avaré 13/11/2013 11:19:05

# Falta d’água no Costa Azul – I

 

Nem bem começou o verão e o velho problema da falta d’água nas torneiras do Balneário Costa Azul já começa a preocupar os moradores e turistas que pagam uma “nota preta” pela locação diária do imóvel, mas têm que tomar banho na represa. Um absurdo! Sem falar nos estabelecimentos comerciais ali instalados que são diretamente prejudicados e sentem o prejuízo no caixa ao final do dia, eis que nestas ocasiões nem um simples banheiro limpo podem oferecer ao freguês, pois o mau-cheiro pela falta de descarga nos vasos sanitários torna-se predominante. “E dá-lhe xingamento direcionado à ‘dona’ SABESP!”

 

 

# Falta d’água no Costa Azul – II

 

A SABESP, como todos sabemos, recebeu em março de 2006 (lei nº 823) todo o sistema de abastecimento de água do Bairro Costa Azul doado de “mãos beijadas”. Para o pagamento de dois Poços Artesianos profundos, completos, então em pleno funcionamento, respectivamente com 100 e 141 metros de profundidade; 17.800 metros de rede em vários diâmetros; 600 unidades de ligação de água, 5 reservatórios (de 70m³, 30m³ e três de 20m³), foi atribuído o valor irrisório de R$ 208.674,96 para efeito de incorporação ao seu patrimônio. O contrato de número 002/06 - RA III foi assinado pelo Prefeito Joselyr Silvestre e pelos representantes da SABESP José Aurélio Boranga e Lázaro Miguel Rodrigues. Merece aqui frisar que ao valor dado a esta doação também foram incluídas as áreas onde estão implantados os poços e reservatórios em questão, cujas metragens (m²), caso pudessem vender a preço de mercado, já alcançariam os 200 mil reais. Brincadeira!

 

 

# Falta d’água no Costa Azul – III

 

Como de pronto a única preocupação da SABESP foi colocar o hidrômetro em cada residência, na época 600 pontos citados (hoje mais de 1000, com certeza) para a devida cobrança da tarifa correspondente, as broncas dos moradores são as seguintes:

 

01 Já que a SABESP recebeu tudo na “Bacia das Almas”, por que investiu tão pouco para a melhoria do serviço de abastecimento d’água no Bairro tão prometida pelo engenheiro Julio Hernandes, chefe divisional na época da reunião com os moradores?

 

02 Por que Diabos, a título de uma insignificante economia de energia elétrica, é desligado todos os finais de semana o conjunto de Bombas Ebara (responsável pelo abastecimento da região alta do Bairro, proximidades da SP-255), principalmente do poço 4, da praça Cruz da Carmela, levando-se em consideração o cálculo de consumo elaborado pela engenheira Cristina, há anos atrás, mas que hoje se mostra superado? Ademais, não pode (e nem é justo) ele, o consumidor (usuário), ficar ligando toda hora e o plantonista pedir socorro ao “guru Zé de Campos”, que mesmo em dia de folga (o que também não é justo) ensina o macete, o tal do “fecha ali, abre aquele”, um quebra-galho que não precisaria ter razão de ser. Em todo caso a emergência atende pelo telefone 195, o plantão SABESP Avaré é o nº 3732-0208, a Central de Atendimento Itapetininga é o 0800 055 0195, a Ouvidoria SABESP – 0800 055 0565 e se o problema persistir, ligue ARSESP 0800 771 6883, que aí a “coisa” anda. Ou melhor, voa! “Também penas pra todo lado”.

 

 

# Comércio Ambulante no Costa Azul – I

Não somos contra o comércio ambulante que a cada verão infesta o Balneário Costa Azul, apesar de prejudicar um pouco o comércio legalmente estabelecido que “pena” no inverno pensando em faturar um pouco mais nesta época. Mas em nome de um providencial atendimento aos turistas, particularmente àqueles na praia, um pouco distante dos pontos de venda conhecidos, temos que aceitar o trabalho desses, digamos, “comerciantes eventuais”.

 

 

# Comércio Ambulante no Costa Azul – II

 

Mas, as perguntas que não querem calar são:

 

01 Eles, ambulantes, pagam a devida taxa diária estabelecida pela municipalidade?

 

02 Eles, ambulantes, não deveriam vender seus produtos com os mesmos preços que praticam diuturnamente em Avaré?

 

03 É justo explorar turistas e visitantes com o venda de uma latinha de cerveja (2ª linha) entre R$ 4,00 e R$ 5,00 a unidade? E os refrigerantes e águas, também nesses preços? E sorvetes de 2ª linha, um por R$ 3,00, dois por R$ 5,00 ou no máximo, se procurar bem, a R$ 2,00? Não são preços exorbitantes?

 

04 Eles, ambulantes, estão acima da lei e podem vender bebidas alcoólicas para o menor de idade?

 

05 Eles, ambulantes, não precisam cumprir a legislação quanto aos procedimentos das normas sanitárias, quer de vestimenta (jaleco), do armazenamento dos produtos ofertados, até mesmo da higiene pessoal: mãos limpas, barbas feitas, unhas cortadas? Com a palavra os atuantes fiscais que estão “doidinhos” para fazerem umas horinhas extras.

 

 

# Polícia 24 horas no Costa Azul – I

 

O pedido visa à reativação do Posto Policial localizado na entrada principal do Balneário (av. Marginal da Mata), mas destaca que o atendimento é para toda a região da Represa Jurumirim, dentro do município. Tal solicitação é, por demais, concernente e dentre os inúmeros motivos, necessário se faz destacar que, com o calor reinante e o horário de verão em vigor, a frequência do Costa Azul (principalmente na orla da praia) aumenta consideravelmente e os desentendimentos na mesma proporção. Só para ficarmos neste exemplo, pela segunda semana consecutiva (26 e 27/10 e 02 e 03/11) várias ocorrências foram verificadas, como discussões; brigas; atentado ao pudor, com marmanjos urinando na calçada sem se preocupar com mulheres e crianças passando ao lado; quadriciclo na praia com menor ao volante e em alta velocidade; irresponsáveis empinando motos e, duas camionetes Hilux dando “cavalo de pau”... Mas cadê a polícia para elaborar o BO ou mesmo acalmar os ânimos? A advertência também serve para a Guarda Municipal que poderia auxiliar os trabalhos da PM.

 

 

# Polícia 24 horas no Costa Azul – II

 

No mês de Julho, um abaixo-assinado elaborado por um número significativo de moradores foi endereçado ao Coronel Helson Léver Camilli, comandante do CPI-7, de Sorocaba, responsável pelos batalhões na região de Avaré, mas até o momento nenhuma resposta oficial foi dada. Ou melhor, extraoficialmente já tomamos conhecimento de que tal pleito não encontraria guarida eis que para todos os efeitos o Costa Azul é um “Bairro Celestial, ordeiro, disciplinado, religioso, onde só impera a amizade e os bons costumes e não existe por aqui nenhum tipo de criminalidade. Sim, porque, como o comando justificou a PM só trabalha em cima de estatísticas e qualquer fato incomum, um furto, por exemplo, (por menor que seja) é preciso acionar a Polícia e registrar o Boletim de Ocorrência. E no Costa Azul não acontece nada de anormal”, enfatizou o militar. (Nr: Na concepção dele, então o costazulense vive numa terra santa? Se assim for, por aquelas bandas logo teremos o turismo religioso. É mole!) Mas a pergunta que não quer calar é a seguinte: Como alguém vai gerar um BO se não tem policial por perto? A pessoa tem que ir até Avaré? Brincadeira, né, Sr. Comandante?”

 

 

# Polícia 24 horas no Costa Azul – III

 

Também nos bastidores foi comentado que, se o policiamento 24 horas estava descartado, pelo menos a escala em regime de revezamento seria estabelecida semanalmente da seguinte forma: “de segunda à quinta-feira, das 09h00 às 21h00 e de sexta-feira a domingo, das 16h00 às 04h00 da manhã seguinte”. Mas nem isso foi cumprido, particularmente quanto ao que mais se necessita: os plantões de fim de semana. Confidencialmente foi passado que o efetivo do batalhão em questão é diminuto. Alguns soldados estão fazendo o curso para sargento, mas não devem voltar para a “terrinha”. Outros já foram enviados para os batalhões no litoral, sem contar aqueles designados para as escoltas dos famosos “bondes” e da vigília permanente da ala residencial dos diretores da PI, temerosos por uma ação mais ousada do PCC. E em sendo assim, que o Costa Azul se... ops, se dane! “O que podemos fazer?!”, desabafou tristemente um soldado por mim inquirido, tornando a alertar para o fato de que a PM só trabalha em cima de estatísticas e que qualquer ocorrência deveria ser levada ao conhecimento da autoridade policial. Caso contrário nunca mais teríamos um policiamento efetivo no bairro, ainda porque nem mesmo aquela “pressão política” que o Comando sempre atende, estava existindo. Dentro desta ótica, fortificando o pedido dos moradores, a Prefeitura deveria esclarecer que no Costa Azul já existe uma base policial mobiliada, construída pelos moradores há oito anos e por um bom período contou com policiamento militar permanente, porém, ultimamente não possui mais essa segurança.

 

por: Carlos “Cam” Dantas

 

     

OUTRAS NOTÍCIAS

veja também