A VOZ DA REPRESA Ed. 07.11

6098 Jornal O Avaré 07/11/2015 01:21:10

A VOZ DA REPRESA                                                       A Voz do Vale

Costa Azul                                                                                            ed. 07/11/2015

                 & Adjacência                                                                                              

 

“A crítica ou o elogio de cara nova”           

 

por: Carlos “Cam” Dantas

e-mail: avozdarepresacam@gmail.com

# Haja trabalho para colocar a “casa” em ordem. Recebi um artigo elaborado por Cândido Duarte, leitor e colaborador desta coluna, sendo que, conforme disse, vem de encontro aos comentários que publiquei anteriormente referente aos velhos problemas verificados quanto uma ação mais efetiva do setor de Fiscalização Municipal na região da Represa de Jurumirim, os quais, diz, são em maior escala no centro Urbano de Avaré. Destaca ele que: “A Prefeitura vem tentando fechar o cerco àqueles cidadãos, empresas ou instituições que insistem em ignorar as regras do bom funcionamento da cidade e as sabotam com várias práticas nocivas”.

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São diversos os exemplos: o relaxo dos donos de terrenos que deixam as áreas virarem verdadeiros lixões com mato, sujeira e sem muros e calçadas; a invasão de áreas verdes; o verdadeiro ‘infortúnio musical’ das casas de baladas sem isolação sonora e baladeiros com seus funks de péssimo gosto e carros estacionados de qualquer jeito, atrapalhando o trânsito; o abuso dos veículos e prestadores de serviço de som volante que circulam juntos e com equipamentos em volume altíssimo; os bancos que não respeitam a lei que limita o tempo máximo de espera dos clientes nas filas; os cidadãos que emporcalham as ruas e calçadas com panfletos, entulhos e material de construção; os proprietários de imóveis que constroem sem observar as regras de edificações favorecidos, em tese, pelo CMPD; os motoristas que dão uma ‘banana’ para a sinalização de trânsito; os motoqueiros que abusam da velocidade e ainda estacionam suas motos no local dos carros; os ciclistas que andam nas calçadas e na contramão de direção; as oficinas nas ruas; as lojas com suas mercadorias e os bares com suas mesas nas calçadas, etc, etc, etc...

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De um lado, vemos que a administração municipal – por iniciativa própria ou respondendo à cobrança da sociedade repercutida na imprensa – quer uma fiscalização mais firme em relação a esses e outros comportamentos que tanto prejudicam a cidade. Na maioria das vezes a Câmara tem, bem ou mal, feito sua parte, aprovando quase tudo o que por lá aparece. Voltando ao Executivo, este tem mostrado boa vontade até mesmo comprando equipamentos para dar maiores condições de trabalho à fiscalização – recentemente adquiriu veículos e motos para melhor avaliar as denúncias de moradores em vários pontos da cidade. (Huumm!!).

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Por outro, vê-se que em praticamente todos os casos, de nada adianta uma lei mais rigorosa, devidamente aprovada pelo Legislativo e sancionada pelo Executivo, em conformidade com a Constituição Federal, se não existe a colaboração da população. Some-se a este triste estado de coisas o fato de que a maioria dos Governantes, por mais boa vontade, idealismos e apreço à legalidade que possua, se sente bastante desconfortável na posição de cobrador rígido das regras a serem seguidas pelos cidadãos (e eleitores). Fiscalizar com rigor gera críticas que, por muitas vezes, podem gerar rejeição, sinônimo de perda de popularidade, esta, por sua vez, equivalente a votos. Independente disso, precisamos cobrar, insistir e lembrar: fiscalização eficiente e justa, bem aparelhada e legalmente amparada, pode sim desagradar a uma parte da população, em curto prazo. Mas em médio e longo prazo se traduz numa cidade mais organizada, tranquila e feliz, para os munícipes. Isso fatalmente será revertido em prestígio para seus administradores. “Podem apostar!”.

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# “Muita tarefa para poucos fiscais”. Esta é a alegação de sempre do Executivo quando é questionado a respeito dos problemas vivenciados pelo Costa Azul, Cambarás e proximidades; também na zona urbana. O Jornal da Paulista 2ª Edição atende reclamos dos ouvintes; o Jornal da Interativa desce o “cacete”; a Rádio Avaré (Bom Dia Cidade), não deixa barato! As reclamações brotam em grande número. E não é por falta de Lei que o avareense vê tanta coisa errada na cidade. Regras existem e são muitas; o que falta é gente para fiscalizar. “As questões tidas como ilegais no Costa Azul, são ínfimas”, costumam justificar, até com certo menosprezo. Concordamos que a cidade de Avaré necessita de uma atenção maior, mas então que se faça alguma coisa, e urgente.

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# Área da Represa se sente injustiçada. Temos consciência que no município são quase mil bares, lanchonetes e restaurantes instalados, milhares de imóveis com mato alto, verdadeiro criatórios de animais peçonhentos e outros tantos quilômetros de calçadas obstruídas que requerem a presença do órgão fiscalizador. Sem contar os estabelecimentos comerciais que merecem uma fiscalização mais apurada, como lanchonetes, restaurantes, casas noturnas, hotéis e pousadas, cujos proprietários tiram proveito do “Brasão” da família. É coisa para fiscalizar que não acaba mais. Cada vistor tem de dar conta de dezenas de casos num curto período de tempo, que vão desde estabelecimentos sem alvarás e outras irregularidades, perturbação do silêncio, até jardinagem e lixo pelas calçadas; tudo atribuições dos fiscais municipais.

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# Desde Paulucci Avaré cresceu e na mesma proporção também os seus problemas. Assim, o setor de fiscalização municipal precisa de uma reposição que pelo menos acompanhe o crescimento populacional e a inevitável manifestação da Secretaria de Administração (leia-se Deira Villen) quanto à solicitação recebida via Câmara Municipal, por certo irá comprovar essa falha. Naturalmente o fiscal que caminha por Avaré encontra “serviço” em cada esquina. Nem precisa estar muito atento para isso. Mas no dia a dia, o que se constata, é que alguns só atendem denúncias e reclamações; isso ainda só após muita insistência, e olhe lá. Ademais a hora extra foi abolida para o setor; somente para alguns apaniguados se faz o pagamento. Aumentar o número de fiscais na cidade é fundamental, porque os moradores nem sempre tem coragem de denunciar irregularidade. Assim é preciso que esses agentes vejam os problemas e tomem as medidas cabíveis. É aquela velha história: em alguns setores o “inchaço” do quadro é notório; não têm nem cadeiras pra todos sentarem. Em outros, como o setor de fiscalização por exemplo, faltam funcionários competentes. “Arre égua!”

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