Avanços no campo das células-tronco proporcionam tratamentos para doenças oftalmológicas

4508 Jornal O Avaré 09/03/2016 01:03:30

Estudos oferecem nova perspectiva para uso destas células na regeneração dos tecidos oculares danificados
 
 
 
Há um potencial futuro enorme para o tratamento de doenças como a degeneração macular relacionada à idade, retinose pigmentar e doenças do nervo óptico a partir das células-tronco. Pesquisas confirmam os benefícios deste tipo de tratamento e cirurgias começam a ser realizadas.
 
 
Segundo o oftalmologista Dr. Thiago Pardo Pizarro, integrante do Mitosis – Centro de Terapia Celular Nível II, localizado em São José do Rio Preto, a terapia baseada em células-tronco para regeneração e reparo ocular constitui uma esperança para a restauração da função visual em indivíduos com tecidos oculares irreversivelmente danificados por doença ou trauma. “Algumas patologias, principalmente as ligadas à retina, podem ser tratadas com células-tronco, devolvendo a visão para o paciente. Essa técnica oferece esperança para as pessoas que perderam a visão a acreditam que nunca irão recuperar”, destaca.
 
 
A Retinose Pigmentar - doença genética que causa degeneração da retina e perda gradual da visão provocando a cegueira irreversível – e a Degeneração Macular Relacionada à Idade (DMRI) são as principais doenças em que se tem aplicado esta técnica. “A morte da célula neural é a causa da cegueira como resultado das doenças degenerativas da retina, e as células-tronco têm o papel de substituir esses neurônios danificados, restabelecendo as conexões e reparando a visão. É algo novo, porém com resultados comprovados e com um futuro promissor, pois será a salvação para muitos casos”, explica o especialista.
 
 
As células são retiradas da própria medula óssea do paciente através de punção na altura da bacia e são processadas em laboratório para separação das células-tronco que serão implantadas. 
A utilização de células-tronco para tratamento oftalmológico já vem sendo estudada há alguns anos e realizada em alguns locais, como em São José do Rio Preto, mas existem pré-requisitos e perfis que são adequados para este tipo de tratamento. “O ideal é sempre consultar um oftalmologista, que poderá orientar o paciente”, finaliza.
 

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