CAMINHONEIROS PACIFICAMENTE PARALISAM A RODOVIA JOÃO MELÃO EM AVARÉ

Em Avaré (SP), caminhoneiros paralisaram a Rodovia João Mellão nesta segunda-feira (1º). Parados às margens da rodovia, os trabalhadores protestam contra a nova cobrança dos eixos suspensos. Com faixas e cartazes, os motoristas reivindicam também a isenção de impostos e mais seguranças pelas rodovias.

O protesto começou por volta das 10h. Os caminhoneiros se acumularam no acostamento pararam outros caminhões  pedindo apoio para o manifesto. Segundo a Polícia Rodoviária, o protestos segue pacificamente, mas por volta das 12h os protestantes bloquearam as duas vias da pista.

Até o início da tarde, o protesto provocava dois quilômetros de lentidão no trânsito.

Eixo suspenso

Segundo a Agência Reguladora de Serviços Públicos Delegados de Transporte do Estado de São Paulo, a Artesp, o eixo suspenso nunca foi cobrado, mas desde que o governador Geraldo Alckmin anunciou a suspensão do aumento anual da tarifa do pedágio foi necessário reajustar de outra forma. Uma da opções encontradas foi a cobrança do eixo suspenso.

De acordo com a Artesp, ainda não há uma data definida para que a taxa comece a ser cobrada, pois ainda depende da conclusão de medidas jurídicas e técnicas para ser efetivada. Não há previsão para conclusão dessas medidas e o valor varia de acordo com cada praça de pedágio.

A paralisação de caminhoneiros ligados ao Movimento União Brasil Caminhoneiro (Mubc), que teve início na manhã desta segunda-feira (1º) em diversas cidades do país, bloqueia os dois acessos ao porto de Santos. Caminhões que passaram pelo Sistema Anchieta-Imigrantes antes da paralisação ter início aderiram ao movimento ao chegar Reta da Alemoa, que dá acesso à margem direita do Porto de Santos.

Os veículos fazem fila dupla por cerca de 1 km, extensão da via. Já a rua do Adubo, que dá acesso à margem esquerda do porto, no Guarujá, está vazia, com acesso também bloqueado.

O Movimento União Brasil Caminhoneiro pede subsídio ao preço do óleo diesel e isenção do pagamento de pedágio pela categoria em todas rodovias do país. Também reivindica a criação de uma secretaria do transporte rodoviário de cargas, subordinada diretamente à Presidência da República, e a provação de um projeto de lei -- em tramitação no Congresso -- que aprimora a Lei do Motorista.

Na manhã desta segunda-feira, a Advocacia-Geral da União (AGU) informou que conseguiu uma liminar neste domingo que impede a entidade de realizar manifestações que interrompam o tráfego nas rodovias federais. De acordo com a AGU, a decisão vale para todo o Brasil e se for descumprida será cobrada multa de R$ 10 mil por hora.