Crianças que viviam em meio à sujeira são levadas pelo Conselho Tutelar

2237 Jornal O Avaré 16/01/2015 11:09:29

Imóvel em Avaré tem esgoto aberto no quintal e lixo em todo local.
Vídeo gravado por policiais mostra a situação da casa.

 

 

Quatro crianças menores de cinco anos e uma adolescente de 15 anos foram encontradas nesta quarta-feira (14) em uma casa onde viviam em meio à sujeira e em contato com esgoto a céu aberto. A situação foi flagrada pela Polícia Militar de Avaré (SP) durante a prisão de uma jovem de 19 anos por suspeita de tráfico de entorpecentes. Um vídeo feito pelos policiais que foram ao local mostra a situação precária da residência (veja acima): restos de comida espalhados, fraldas sujas jogadas por todo o imóvel, além de materiais recicláveis. 

Segundo a polícia, as crianças com quatro meses, um ano e cinco meses, três anos e outra de cinco anos de idade, viviam no local, assim como a adolescente. O Conselho Tutelar foi acionado e todos os menores foram levados para a Casa Transitória de Avaré. Os conselheiros afirmaram que o caso corre em segredo de Justiça e não informou quem são os pais das crianças. Segundo a Polícia Civil, as crianças são todas da família da detida.

De acordo com a PM, denúncias anônimas apontavam que a mulher comercializava drogas em um imóvel do Bairro Paulistano. O local já era de conhecimento da polícia. 

Em 2014, chegaram a ser feitos quatro flagrante de tráfico na casa. Em operação nesta quarta-feira, a jovem foi encontrada e com ela apreendidas 18 pedras de crack e R$ 60 em dinheiro.

Ainda segundo a PM, a jovem escondia a droga no sutiã e também dentro de meias. A jovem de 19 anos foi autuada por tráfico de drogas e está detida na cadeia de Pirajuí  (SP). Ela permanece à disposição da Justiça.

G1 entrou em contato com a prefeitura da cidade para saber quais as providências tomadas devido à sujeira encontrada na residência. De acordo com a secretária Viviane Maria Alves Mendes, da Secretaria de Assistência e Desenvolvimento Social (Semads), a situação da família é acompanhada há pelo menos dois anos por equipes do Centro de Referência Especializado da Assistência Social (Creas), do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) e das equipes de saúde. 

As equipes orientaram a família sobre os riscos devido à falta de higiene no local, no entanto, há resistência dos moradores para sanarem os problemas. “Como há resistência, não conseguimos fazer uma intervenção direta no local”, explica.

 

OUTRAS NOTÍCIAS

veja também