4817 Jornal O Avaré 20/12/2014 11:27:01

Déjà Vu (Já Visto)                                    

por: Carlos “Cam” Dantas

e-mail: colunistacarloscam@gmail.com

O antimaçon e o agente político de péssima índole

Para o cético, o Déjà Vu aparece com um replay de alguma cena, onde a pessoa tem certeza que já passou por aquele momento, mas, realmente, isso nunca ocorreu. Já para o crédulo, ocorreu mesmo. Senão vejamos:

A administração Poio Novaes está a bater o recorde da incompetência, dos escândalos e de outros feitos condenáveis, antes em poder da gestão Wagner Bruno (2001/2004), de triste memória. E o esquisito desta “láurea” às avessas, é que nem o ex-prefeito Wagner, muito menos Paulo Novaes Filho podem ser diretamente acusados de algum desses eventuais ilícitos praticados, eis que no conceito da população são homens públicos detentores de caráter reto, honradez e ilibada reputação.

 

 

Mas então de quem é a culpa? É a pergunta que estão a formular. Eu diria que, se ocorrer mesmo o Déjà Vu Tupiniquim que se anuncia, esta culpa deve ser creditada para certos “colaboradores” inaptos, nomeados para o 1º e 2º escalão do governo a título de compensação pelo “trabalho” eleitoral efetuado, sem uma seleção técnico-profissional mais apurada. “Quanta vergonha!”. E o resultado aí esta: a insatisfação popular que se manifesta diuturnamente de maneira incisiva e contundente, já no limite da condenável ofensa moral e da invasão da vida privada dos mandatários: Prefeito e Secretários Municipais, principalmente (vide programas jornalísticos das rádios, sites noticiosos e matérias impressas). Tantas são as denúncias de possíveis atos de improbidade administrativa que, segundo consta, cinco delas – com certeza serão transformadas em Ação Civil Pública – devem ser protocoladas por vereadores já no inicio de 2015 junto ao Ministério Público Estadual e Federal envolvendo Processos Licitatórios nas áreas da saúde, da construção e reformas de escolas e creches, aplicação da verba do FUNDEB e do DADE. O condenável nesta celeuma toda é o fato de que algumas das pessoas teoricamente responsáveis estão pouco se lixando com as eventuais acusações (a primeira vista aparentemente graves que por certo deverão merecer uma análise mais profunda por quem de direito) e assim se escondem atrás do escudo da impunidade (todavia não podem se situar acima da lei) alegando sua privilegiada condição social e/ou política e/ou membro de respeitáveis instituições, que antes admiradas e invejadas, hoje são alvos até de chacotas no linguajar popular (e aqui se fala também em Rotary, Lions Clube, Ordem RosaCruz, Igrejas Presbiterianas, Católicas, etc...) e se essas denuncias, por exemplo, envolverem Lojas Maçônicas, então se configura a informação solicitando “off”, dando conta que “está passando da hora de se requerer uma depuração no quadro de irmãos batizados. Que o bom Deus nos inspire! Torço para que aqueles desgarrados ultrapassem os obstáculos colocados no trajeto e procurem novamente o caminho da luz e da verdade suprema”, enfatiza um maçon de grau elevado, considerando até uma convocação extraordinária do Conselho Maçônico. Nas agremiações partidárias, não se sabe se traria algum resultado prático este alimpamento, eis que a opinião predominante nas “rodas dos cornetas tupiniquins” aponta para o “rabo preso” e conluio entre os dirigentes e determinados filiados com regalias cantadas em prosa e verso, mas no caso da Maçonaria, particularmente, se preciso for, a rota certamente será corrigida, de imediato, pois dentro de seus preceitos, ela, instituição maçônica, é uma organização que comunga uma doutrina comum, exigindo de seus membros filiados certos compromissos para mantê-la sempre ativa, como se fora a chama acesa, erguida ao alto por muitas mãos, todas elas zelando para que o vento das hipocrisias humanas não apague jamais. “Se for constatado, por ventura, alguma atuação não condizente com a moral e bons costumes de algum membro nomeado pelo prefeito, este, sem dúvida, será convidado a retirar o seu Quitte Placet”, destacou um maçon de alta linhagem. (Neste particular o Prefeito Poio Novaes bem que poderia dar sua parcela de contribuição antecipando a tão esperada reformulação do secretariado). Outra situação comentada que pode denegrir a imaculável imagem da Maçonaria é a desastrada atuação de alguns “irmãos” dentro do Plano Diretor Participativo, e isso também até de “cunhadas e sobrinhas”, em face de atos, digamos assim, não muito aceitáveis, “exatamente praticado por aquele que deveria servir de exemplo de moralidade e do justo procedimento cristão”.

 

Assim posto, vamos ao nosso “Déjà Vu Tupiniquim”, com a matéria: “Maçonaria e PT devem fazer uma faxina entre seus membros”, publicada no Jornal Diário da Terra de 17/04/2004. em face dos constantes atos de ilegalidade denunciados envolvendo membros da maçonaria e o partido dos trabalhadores, integrantes da administração Wagner Bruno, preocupando os dirigentes destas duas destacadas entidades. O relato começa assim:

No dia 3 do mês vindouro está previsto uma reunião entre os “barbudinhos de alta pelagem” em Avaré para lavar roupa suja e fazer faxina geral na casa. Na reunião do PT, além da definição que rumo tomar nas eleições de outubro, se lançam candidato próprio, se coligam e apoiam o candidato do PMDB Miguel Paulucci e deixam de lado Wagner Bruno, o prato principal deve ser a participação da ala petista na atual administração, marcada por escândalos e denúncias de maracutaias, justamente os pontos que o partido mais combatia na administração passada e agora é obrigado a morder a língua, como bem define um distinto membro partidário.Também a atuação de seus dois vereadores na Câmara Municipal será alvo de questionamentos, eis que muitas vezes fecharam os olhos para os atos ilegais levados até o Legislativo, deixando de cumprir a principal função para a qual foram eleitos: a de fiscalizar os atos do Executivo. “Política se faz com amor ou tiro de canhão. Tapinha pra lá, tapinha pra cá, não resolvem nada”, já dizia Tancredo Neves.

CONSELHO MAÇÔNICO DEVE SE REUNIR TAMBÉM

A notícia estava sendo guardada a sete chaves. Mas vazou.  A preocupação da Maçonaria com a atuação de seus membros dentro da atual administração, deve render uma reunião histórica entre várias diretorias hoje aqui existentes, para também realizarem uma lavagem de roupa suja. “São tantos os ilícitos denunciados, tantas as CEIs, CPIs E CPs que já deram entrada na Câmara, que o apoio da entidade e participação dos irmãos nos futuros governos municipais deve ser analisado com mais critério e rigorosidade por cada Loja”, enfatiza um elevado dirigente maçom que pediu o anonimato. “A verdade é que o preceito maçônico está sendo ferido de morte por alguns considerados antimaçons e/ou à eles estreitamente ligados. Maçonaria é postura, sacerdócio, educação moral e cívica. É progresso, justiça social, desenvolvimento espiritual e material. Ser maçom é ser líder, comandante e vigia constante de nossas instituições. É trabalho incansável na luta ao respeito do homem como indivíduo. A primeira postura ética que se exige do Maçom é a do respeito, até por uma questão de coerência com os princípios da igualdade e da fraternidade, cuja existência está acima de meros interesses e vaidades pessoais. Assim lícito é pretender-se, quando necessário, uma eventual depuração nos quadros das instituições, afastando-se aqueles que não se submetem às suas regras ou que delas se utilizam para satisfação de interesses escusos.O grande inimigo, o antimaçon, é aquele profissional da mentira, do embuste e da mistificação, que a todos em princípio ilude, por ser portador da máscara da hipocrisia e assim, inimigo da verdade, arauto da discórdia e trombeteiro da aleivosia, traz a intranquilidade para o seio de seus irmãos”, desabafa esse líder maçônico preocupado com o nome e conceito desta secular instituição que é a Maçonaria, em razão de infelizes e desastrosas participações na área política-partidária de alguns de seus membros.

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