Déjà Vu (Já Visto) - Carlos "CAM"

7471 Jornal O Avaré 16/09/2014 09:18:50

por: Carlos “Cam” Dantas

e-mail: colunistacarloscam@gmail.com

 

 

Mas afinal, o que é Déjà Vu? Pronuncia-se “Deja vi”, um termo da língua francesa que significa “já visto”. Déjà Vu é uma reação psicológica que faz com que o cérebro transmita para o indivíduo que ele já esteve naquele lugar, sem jamais ter ido, ou que conhece alguém, mas que nunca a viu antes.

 

Déjà Vu é uma sensação que surge ocasionalmente, ocorre quando fazemos, dissemos ou vemos algo que dá a sensação de já ter feito ou visto antes, porém isso nunca ocorreu (porém, no propósito da coluna, ocorreu mesmo – grifo nosso). O Déjà Vu aparece como um “replay” de alguma cena, onde a pessoa tem certeza que já passou por aquele momento, mas, realmente, isso nunca ocorreu (mas, realmente, no propósito da coluna, ocorreu mesmo – grifo nosso).

 

 

  Assim posto, vamos lá ao nossa Déjà Vu tupiniquim, isso, mais uma vez, dentro do assunto do momento: Realização da EMAPA ao lado da Festa de Peão de Boiadeiro, junção que não deveria ter ocorrido novamente, pois, desde que desmembrada alguns anos atrás, a Exposição Municipal Agropecuária de Avaré, em voo solo, dentro de um novo formato, “ia muito bem obrigado” sob o comando de Ademir Belinatto, Carlão Karseg, Junior Bizunga, Zezé Cruz, Eduardo Zanella, Balera, família Segarra e a “turma dos muladeiros”, entre outros. Pelo menos não se noticiou nenhum escândalo; muito diferente de alguns outros eventos duvidosos realizados.

 

– Na coluna nas “Ondas do Rádio... & na Boca do Povo, edição de 21/04/2011 do Jornal “A Voz do Vale”, Carlos “Cam” Dantas escreveu: “Festa do Peão rima com confusão. E inquiriu! Responda rápido: Nos últimos 10 anos, no mínimo, qual festa (Emapa no antigo formato, Festa Country, do Peão de Avaré, do Peão de Boiadeiro) que não apresentou nenhum problema de organização e nem lesou os cofres públicos? Você disse nenhuma? Acertou! Todas, de uma forma ou outra, foram muito confusas, problemáticas e criticadas pela opinião pública. É só ler as manchetes dos jornais da época. Então qual a surpresa com a Festa do Peão de 2011?”Assim, nesta mesma linha de raciocínio ficamos aqui a perguntar evocando o conceito “Déjà Vu”: “Então qual é a surpresa com a Festa do Peão de Boiadeiro de 2014, se possíveis ilegalidades surgirem e forem denunciadas, conforme alerta o “Direto da Redação?” (Leia se Zena e Ogunhê)

 

– Dentro desta ótica, Carlos “Cam” Dantas, também na Coluna “Nas Ondas do Rádio...”, (edição de 16/04/2011), destacou com o título “171do Peão que “A jogada da Total Show em cima da Prefeitura Municipal de Avaré foi à de mestre, apontam as conversas de botequim. Costuraram nos bastidores os pontos com sapiência, tramaram tudo certinho, previram antecipadamente todos os lances, como numa partida de xadrez e... deram o golpe preciso: celebraram o contrato com a municipalidade para promover a Festa de Peão de Avaré a custo zero”.

 

E aqui não vai nenhuma comparação com o tal de Arnaldo, (de Ourinhos) ou com o Macarroni (de Itapeva!?). São meras coincidências. É o maldito (ou bendito?) do Déjà Vu assombrando por estas bandas, apesar de, se comparados, aquele “de grátis” de ontem, hoje também está se transformando num gasto de dinheiro público para a festa, por enquanto, na ordem de 1,2 milhão de reais com shows artísticos.

 

– Já o consagrado jornalista Santos Peres, para os avareenses simplesmente José Carlos, ressaltou com muito nexo em sua coluna opinativa no jornal “A Voz do Vale” de 16/04/2011 com o título “É uma Festa..” esta mesma preocupação, se levado em conta o acima exposto. Diz o articulista que: “Era muito bom para ser verdade: uma festa popular como a do Peão sem que os cofres da prefeitura fossem visitados. Uma prefeitura, que tem dificuldades para pagar em dia seus fornecedores, que atrasa salários de servidores, não repassa verbas às entidades assistenciais no prazo correto e convive com uma série interminável de problemas... Num cenário assim, eis que se vê obrigada, de última hora, a disponibilizar mais de 150 mil Reais para garantir a continuidade daquele evento”. Logo em seguida, precisamente na edição de 04/05/2011 com o título “É uma Farra! “chutou o balde” de vez, ao concordar que “De fato, a Festa do Peão de 2011 em Avaré entrou na história, conforme previsão dos organizadores. Porém, como a maior trapalhada de todos os tempos, a ponto de um evento privado receber dinheiro público. Fosse para ser assim, deveria ser na base do PPP – Parceria Público Privado – que, pelo menos, explicaria os aportes financeiros que foram e estão sendo feitos”. Afirmou ainda que : “A Festa do Peão, que terceirizada só contaria com algum apoio logístico da prefeitura, na verdade já consumiu cerca de 600 mil do nosso dinheiro. Mas há ainda a possibilidade de, com o passar dos dias, outros encargos se juntarem àquela quantia. A vereadora Rosângela Paulucci, por exemplo, diz que não se surpreenderia se ao final das contas a conta que passou a ser de responsabilidade da prefeitura fechar em mais de um milhão de Reais. A Festa do Peão ainda vai dar muito pano para manga. A Câmara, de uma maneira geral, está disposta a clarear a situação. É da responsabilidade de todos os vereadores trabalharem para que o caso seja devidamente esclarecido e os responsáveis obrigados a responder na Justiça. Como bem disse o vereador Poio a Festa não consumiu dinheiro de rico. Ela herdou dinheiro da prefeitura, recursos que deveriam ser aplicados na área social, por exemplo”. Concluindo seu raciocínio enfatizou que: “Festa de Peão em Avaré constitui-se numa sucessão de projetos mal explicados. Causa espécie saber que em outras cidades, como em Barretos, por exemplo, festa do gênero é sucesso de público e principalmente financeiro. Aqui, é uma festa... Diria melhor: uma farra. Do boi, do cavalo e de aproveitadores”.

 

– Para corroborar com o “Déjà Vu tupiniquim”, inevitável segundo os críticos – eis que fatalmente ocorrerá, seja amanhã ou daqui 10 anos – a derradeira coluna abordada é também “Nas Ondas do Rádio... do dia 12/02/2011 - Jornal “A Voz do Vale”, mas já diz respeito a Festa do Peão realizado no ano de 2009, outro evento cheio de problemas, com muito “convercê”, tal qual esta de 2014, em andamento.

 

Informa Carlos “Cam”, com o título: “Canovas e seu Particular Inferno Astral” que a prestação de contas da Festa do Peão de 2009 foi rejeitada pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação, presidida pelo vereador Clivatti, tendo Rosangela Paulucci atuado como relatora e Tucão como membro. Especula-se nos corredores da Câmara que entre os supostos atos ilegais verificados, tais como superfaturamento de shows, desvios de verbas arrecadadas, comissões em “off”, entre outros fatos praticados por “debaixo do pano”, a sangria aos cofres públicos foi na casa dos R$800.000,00, talvez até um pouco mais. A relatora Rosangela ainda aponta que pagamento para o ECAD (direitos autorais) ficou por conta da Prefeitura, e este se encontra em aberto, na ordem de R$34.200,00.

 

– Quem acredita em vidas passadas, premonição, superstição e outras “cositas” do gênero, deve estar se questionando: “e não é que pode ser um Déjà Vu Caipira!?” Tá escrito! Pelo menos o Zena Araujo e o Wilson Ogunhê, da rádio Interativa FM, estão jurando de “pés juntos”!

 

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