DÉJÀ VU (JÁ VISTO): ENCHENTES EM AVARÉ

9140 Jornal O Avaré 14/02/2015 07:50:16

 

Déjà Vu (Já Visto)                                 ed. 14/02/2015    

por: Carlos “Cam” Dantas

Enchentes em Avaré: uma solução utópica?

 

Como introito, serve justo o trecho do “DÉJÀ VU TUPINIQUIM” da coluna anterior (07/02/2015) extraído da “NOSSA OPINIÃO”, do Jornal Diário da Terra - Edição de 19/11/2003, afirmando que (...) “Muito se tem dito e discutido a respeito do problema (enchente), mas a cada legislatura o que vemos é a situação perdurar: promessas de construções de “piscinões”, canalização dos córregos Água Branca e do Cortume”, implantação do restante das galerias no centro velho, etc...etc...etc... e no ano seguinte, novas enchentes e novas promessas”.

Agora a oferta do dia versa sobre o pedido que a Administração Poio Novaes fez ao Ministro das Cidades Gilberto Kassab em recente encontro na cidade de Paranapanema, conforme ampla reportagem do Jornal “A Voz do Vale”. Dentro desta solicitação de convenio, o prefeito avareense; acompanhado do presidente da Câmara Denílson Ziroldo; entregou ao Ministro um projeto de micro e macrodrenagem do Córrego Água Branca, obra de grande porte e necessária para solucionar o problema de alagamentos e enchentes na cidade. Orçado em cerca de R$ 60 milhões, o projeto tem métodos não destrutivos e consiste em aparelhar o sistema de retenção da água das chuvas por meio de um modelo de drenagem eficiente. São contemplados dois piscinões para conter o volume de água que converge para o centro da cidade. Denominados como PI e P2, eles funcionam como grandes reservatórios e acumulam a água da chuva para evitar que ela corra por vias do município (...)”.

 

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De modo curto e grosso é preciso destacar que o tal projeto orçado em 60 milhões de reais é uma “mistureba” daquele antigo, de 2003, por sinal com esse mesmo valor (Huumm!!) – contemplado que foi com emenda do Orçamento da União, verba esta que o então Ministério da Integração Nacional “quase” liberou para a Construção de Obras de Contenção e Controle das Enchentes em Avaré na época do Governo Wagner Bruno – costurado por um outro projeto da Secretaria Municipal de Planejamento e Obras (Huumm!!) e agora reformado (dizem, modernizado) por uma empresa realmente do ramo(?!) (da cidade de São Carlos; ou será Rio Claro?) que prevê o emprego da tecnologia de abertura de galerias por meio de máquina escavatriz apelidada de “tatuzão” – (Tunnel Boring Machine - TBM) modelo daquelas empregadas antigamente no rasgo de alguns trechos de metrô, em São Paulo – que conforme vai penetrando, possibilita o assentamento de tubos “ARMCOS”, sem prejuízo às edificações acima. O mesmo método que será empregado (quando não se sabe) para as obras de transposição da via férrea no final da Rua Alagoas, que irá interligar a Vila Jardim com o centro comercial de Avaré, anunciada com alarde pelo pessoal do PMDB – leia-se Deputado Federal Milton Monti e candidato Ricardo Madalena, então do DNIT, antes das eleições de 2014. (Huumm!!)

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E por que então do título “ENCHENTES EM AVARÉ: UMA SOLUÇÃO UTÓPICA?” Respondo! Devido dois motivos:

1º - A divida para com o Avareprev – Instituto de Previdência do Município, é enorme, vem de longa data e dificilmente a atual administração – como já ocorreu anteriormente – irá cumprir fielmente aquilo acordado. Desta forma, bye-bye CRP - Certificado de Regularidade Previdenciária, exigência primordial para a assinatura de qualquer convênio com o governo federal, desde que envolva liberação de verba pública. Ademais, conforme alguns comentários – se, com fundamento, não se sabe ao certo – que rolam pelos corredores da Câmara Municipal, dão conta que um famoso político/lobista, muito conhecido (e influente) na cidade e região (Huumm!!) poderia intermediar suposto “acerto” com a diretoria da Avareprev (aqueles simpáticos ao Governo Poio Novaes) para que, se em caso de eventual inadimplência outra vez, ainda assim, continuar favorecendo o Executivo avareense, “fazendo vistas grossas” para que o CRP não seja cancelado novamente (Huumm!!).

2º - Também, segundo esta mesma fonte, algumas pessoas estariam temerosas quanto as tais planilhas orçamentárias apresentadas ultimamente supostamente com quantitativos e custos unitários superestimados, os quais podem influir diretamente no valor final da proposta. E como é de conhecimento comum que certas empreiteiras gostam de obras deste porte que envolva verba considerável (R$ 60 milhões) e escavações (tudo aquilo enterrado fica mais fácil de justificar ao TC), especula-se que a cisma é maior ainda.

Sem falar que o Ministro Kassab foi enfático e repetiu várias vezes aos chefes do Poder Executivo com quem despachou que: “Prefeito, se você for procurado por algum lobista, foge dele. O governo mudou, não precisa de lobista para conseguir recursos. Com lobista não vai sair nada”.

 

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SENDO assim é preciso perguntar ao vereador:

Suponhamos que algum dia, (se não mudar de lado político) venha comprovar a desconfiança e  veracidade deste, hoje, problema inopinado e acobertar esta possível maquinação envolvendo o Governo Municipal/Avareprev ou de empreiteiras com agentes públicos, e mesmo ainda que sob o pretexto de não atrapalhar a “conquista” de Avaré, será que tem plena consciência que poderá ser acusado de falta de decoro em face de fato indecente conhecido que jurou combater?;

“E se não o fizer e denunciar, sabe que, em contrapartida, pode ser acusado de antiavareense; de reles adversário; de lutar contra o progresso da cidade e para o quanto pior, melhor; de demagogo; de vereador de 5ª, usual da politicagem barata; entre outras qualificações”?

O cidadão Waldinei Muniz que denunciou o eventual superfaturamento deste tipo de obra em 23 de Junho 2003 ao Ministério a Integração Nacional contra a Gautama Engenharia, firma da Bahia que iria executar os serviços de contenção de Enchentes em Avaré pela “bagatela de 60 milhões de reais”, já passou por isso. O convênio federal foi anulado e ele, denunciante, execrado pelo Governo Wagner Bruno. “Então, quem vai encarar?” 

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