Desnível e falta de acostamento na SP-255 preocupam motoristas

3523 Jornal O Avaré 29/10/2016 07:45:29

Por 57 quilômetros a rodovia Eduardo Saigh (SP-255), entre Itaí (SP) e Coronel Macedo (SP), não possui acostamento e em alguns trechos o desnível entre a pista e o “acostamento improvisado” chega ao tamanho de um palmo, o que contribui para acidentes, segundo os motoristas.
 
 
De acordo com o motorista Pedro da Rosa, caso o condutor precise do acostamento, ele vai precisar parar o veículo em locais de terra ou na grama. “Você não pode tirar o caminhão fora da pista. Se estourar um pneu ou acontecer alguma coisa você ‘tá no mato’ e pode tombar o caminhão”, reclama.
 
 
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER) informou que está elaborando um projeto para obras de modernização e melhorias na via. Por estar aguardando a disponibilidade de recursos, ainda não há uma data para iniciar a execução do projeto, afirma o departamento.
 
 
Enquanto não há previsão de construção do acostamento, os motoristas alegam que sofrem prejuízos com a má qualidade da pista. O vendedor externo Thiago Oliveira Borges, por exemplo, conta que passa pela rodovia frequentemente. Segundo ele, por causa da falta do acostamento ele quase sofreu um acidente.
 
 
“Acabei caindo em um buraco com a roda da frente do meu carro. Acabou atrapalhando meu itinerário de trabalho, porque tive que parar para fazer a troca do pneu. Acabei tendo uma despesa a mais. Acho que tinham que dar uma melhorada aqui para a gente que trabalha aqui, praticamente nosso escritório é aqui”, afirma.
 
 
Outro problema é que em alguns pontos o asfalto está desmanchando, afirmam os motoristas. “A pista precisa de melhorias, de terceira faixa, precisa de mais sinalização, mais coisas que a gente não vê por aqui”, diz o caminhoneiro Manassés Macedo.
 
 
E devido às más condições da via, muitos motoristas descumprem a lei e ainda aumentam exponencialmente as chances de acidente. Segundo a Polícia Rodoviária, foram quase 2,7 mil autuações por ultrapassagem proibida na rodovia de janeiro a setembro deste ano. Contudo, ainda segundo dados da Polícia Rodoviária, o número de acidentes caiu na rodovia este ano. Nos nove primeiros meses de 2015 foram 132 acidentes com dez mortes, enquanto em 2016, no mesmo período, foram 102 acidentes com oito mortes.
 
 
O motorista Junior Baldoíno dirige uma ambulância de Itaí e faz o caminho com frequência. Conforme ele, a falta de uma terceira faixa contribui para a imprudência de motoristas que não respeitam a sinalização. E no caso dele, algumas viagens que exigem urgência acabam atrasando devido ao grande tráfego e as condições da pista.
 
 
“Se pelo menos tivesse um acostamento para os motoristas abrirem e derem passagem para nós. Tem motorista que mesmo sem acostamento já faz isso. Só que tem casos que não tem o que fazer. Tem que andar atrás de caminhão a 20, 30 quilômetros por hora. Não tem o que fazer. O que a gente tem é isso mesmo. Se pegar um caminhão já atrapalha a viagem de transferência”, afirma Baldoíno.
 
 
Resposta do DER
 
Segundo o DER, o projeto que está sendo elaborado prevê serviços de recapeamento, pavimentação de acostamentos, implantação de faixas adicionais e dispositivos, entre os quilômetros 288 e 320, que ficam entre Itaí e Taquarituba (SP). Há também outro projeto concluído que prevê a recuperação da pista e melhorias na sinalização do quilômetro 320 ao 334, que vai de Taquarituba a Coronel Macedo.
 
 
 
 
 
Fonte: G1.

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