Filho de PM morto ganha farda em homenagem e sonha em ser policial

8193 Jornal O Avaré 19/01/2017 00:03:00

O sonho do pequeno Vitor Antônio Ribeiro, de apenas 9 anos, é ser como seu pai era: policial militar. O pai, Antonio Vieira Machado Neto, de 44 anos, morreu baleado após a base da PM ser alvejada por criminosos que furtaram e explodiram três caixas automáticos na área central de Conchas, em junho de 2013. Como forma de homenagear o colega da corporação e surpreender o garoto, policiais que trabalharam com Antonio decidiram entregar de presente uma farda feita especialmente à criança. Para Vitor, foi emocionante. “Eu fiquei muito feliz em poder ter recebido e ganhado. Gostei bastante mesmo porque quero ser policial”, afirma.

 

 

 

 

Em entrevista ao G1, a mãe Marisa Ribeiro contou que no Dia de Finados, durante uma homenagem no quartel da Polícia Militar, comentou com policiais que o filho vestia a farda do pai e que seu sonho é ser policial.

 
 
“Falei que o Vitor vive dizendo que quer ser policial como o pai e que pegava a farda do Antonio quase todo dia e a vestia. Mas que ficava gigante nele. Até que o sargento Rafael, que trabalhou com Antonio, falou se poderia mandar fazer uma farda para ele. Disse que sim, mas não imaginava que iam realmente fazer e surpreendê-lo”, afirma Marisa.
 
 
A entrega aconteceu nesta segunda-feira (16) na casa do garoto, que mora Juquiratiba, distrito de Conchas. Dois policiais foram até o imóvel e entregaram o uniforme. “Ele já vestiu na hora e até andou de viatura. Ficou tão feliz que não quer nem tirar a farda. Ficou o dia todo com ela de tão feliz que está. Foi muito emocionante essa atitude dos colegas da polícia. Muito linda mesmo”, afirma Marisa.
 
 
Segundo o sargento da PM Rafael Redondo dos Santos, que participou da entrega e é comandante da base de Conchas, foi emocionante ver a felicidade do menino.
 
 
“Conversei com mãe dele e soube que o sonho dele é ser policial e que até pegava a farda do pai. Mandamos fazer uma farda e todos da base, que tem um efetivo de 13 policiais, ajudaram na confecção do uniforme. Íamos entregar no Natal, mas não conseguimos. Mas deu certo de irmos na casa dele nessa segunda. Nossa, ele ficou muito surpresa. Já vestiu e ainda demos uma volta com ele na viatura. Foi muito bom ver a alegria nos olhos dele. O pai dele foi o primeiro policial que trabalhei na viatura e era uma pessoa de um coração muito bom. Era querido por todos e trabalhava há mais de 20 anos na PM”, afirma.
 
 
Para a mãe, saber que o filho quer ser policial a deixa apreensiva. Porém, ela diz que apoiará  Vitor se realmente ele querer seguir a profissão do pai. “Foi tudo muito difícil para a gente. Ainda é difícil, porque o perdemos enquanto trabalhava. Então, saber que ele quer ser policial me deixa apreensiva. Mas está nas mãos de Deus. Se ele quiser, vou apoiar. Ele diz que tem medo de acontecer o que houve com o pai, mas ele sabe que o pai fazia o que amava e que morreu porque estava defendendo  as pessoas. Então, ele diz que quer ser policial por causa disso”, afirma.
 
 
 
 
Fonte: G1.

 

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