Grevistas da Unesp de Botucatu fazem passeata

2400 Jornal O Avaré 12/06/2014 07:18:35

 
Na tarde de ontem quarta-feira (11), professores, funcionários e alunos da Unesp de Botucatu que estão em greve há mais de 10 dias realizaram uma passeata pela Rua Amando de Barros para mostrar o desagravo e buscar negociação por melhores salários e condições de trabalho, mantendo em funcionamento somente os serviços essenciais.  Além de Botucatu  também estão em greve Universidade de Campinas (Unicamp) e Universidade de São Paulo (USP).
 
 
 
Os manifestantes distribuíram panfletos explicando os motivos do movimento e pedindo apoio da população. Entre outras coisas o panfleto destaca que a greve busca forçar uma negociação com os reitores para que as reivindicações sejam discutidas, já que as universidades comunicaram que não haveria reajuste, nem mesmo a reposição da inflação dos últimos 12 meses. Também apontam que houve suspensão de concurso para reposição de funcionários.
 
 
 
“Assim como temos feitos em anos anteriores, também estamos cobrando do governo paulista, o aumento de recursos para a Educação Pública em todos os níveis, pois o acesso ao ensino público, gratuito e de qualidade é um direito de todos”,  reflete o trecho final do panfleto.
 
 
 
Sobre a greve vice-reitora da Unesp, Marilza Vieira Cunha Rudge, assinou uma nota  ressaltando que o momento é de prudência. Diz que “a massa salarial da Unesp consome 94,4% do orçamento, índice que ultrapassa em quase dez pontos percentuais o limite aceitável, que é de 85% e o adiamento do dissídio não é fruto da intransigência, mas da absoluta impossibilidade de atender às justas demandas da comunidade”.
 
 
 
Lembra que, nos últimos anos a Unesp aplicou reajustes acima da inflação, com ganhos reais para todos e continuará buscando condições para que sejam aplicados índices justos de reajustes aos salários, mas que não comprometam a saúde financeira da Unesp”.
 
 
 
Também a superintendência do Hospital das Clínicas (HC) emitiu nota realçando que “respeita o direito de manifestação e greve, e confia que os funcionários da Unesp, que compõem o quadro de funcionários do HC junto com Famesp e Secretaria de Saúde do Estado, farão o possível para diminuir o sofrimento à população”. Explica que “todos os serviços de urgência/emergência funcionam normalmente com consultas, exames, internações e cirurgias a as cirurgias eletivas sofreram uma redução de 30% juntamente com exames e consultas”. Encerra a nota afirmando que  “a diretoria de Assistência mantém uma comissão interna, que se reúne diariamente para avaliar problemas e evitar danos”.
 

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