Jovem localiza o dono do cheque assinado em branco

6812 Jornal O Avaré 22/09/2017 00:02:28

Acostumado a ir quase que diariamente à mesma lotérica na Avenida Dom Lúcio, em Botucatu , o auxiliar administrativo Geovani Luis de Souza, de 26 anos, teve uma surpresa quando encontrou, no dia 18 de setembro, um cheque em branco e com a assinatura do correntista. A matéria é do site Acontece Botucatu.
 
 
Para tentar encontrar o dono do cheque, ele postou a história no Facebook e avisou o banco. “Nunca havia acontecido algo parecido comigo. Fui acompanhar a minha chefe e achei o cheque no balcão onde se faz as apostas. Logo avisei o banco e postei em vários grupos no Facebook. Enquanto não encontrei o dono eu não sosseguei”, relata o jovem.
 
 
Cerca de três horas depois, Miguel Rosa, o dono do cheque, foi localizado pelo banco. Ele, que trabalha como pedreiro, não tinha se dado conta de que havia perdido a folha de cheque quando foi contatado. “Ele me agradeceu muito e me disse que só iria dar falta do cheque quando fosse ao posto abastecer o carro”, conta o auxiliar administrativo.
 
 
Geovani relata que também encontrou a filha de Miguel na rede social. Rafaela de Oliveira Rosa conta que ficou comovida com o gesto.
 
 
“Meu pai trabalha como pedreiro e ele tem uma vida muito corrida. Às vezes, acaba não percebendo as coisas. Na hora, ele deve ter ficado sem reação, pois é algo que precisa ser guardado muito bem. Graças a Deus o cheque caiu em mãos muito honestas”, diz.
 
 
Rafaela também destacou a força de vontade do rapaz, que, segundo ela, é difícil de ver hoje em dia. “Não o conheci pessoalmente, mas agradeço de coração pela generosidade. Hoje é difícil encontrar exemplos assim na vida. Meu pai é simples, é o ganha-pão dele e é com isso que ele sustenta a família. Faria muita falta”, completa.
 
 
O auxiliar administrativo afirma que ficou aliviado após ter devolvido o cheque ao devido dono.
 
 
“Em nenhum momento pensei em ficar com o cheque, pois minha mãe sempre me ensinou a ser honesto acima de tudo. Ela é faxineira e sempre me deu bons exemplos. É uma sensação de dever cumprido e sinto que a minha alma está leve, pois eu não mexi no que não é meu. Não fiz isso para me vangloriar, não. Apenas, segui o que o meu coração mandou” conclui.
 
 
 
 
Fonte: Jornal do Ogunhê.

OUTRAS NOTÍCIAS

veja também