Justiça exige vaga em hospital para cirurgia de bebê com problema cardíaco

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6498 Jornal O Avaré 01/06/2017 00:02:09

A Justiça deu um prazo até este sábado (3) para que o governo estadual consiga vaga em um hospital para um bebê de 2 meses de Itapeva (SP) que precisa de cirurgia. A criança nasceu em março com cardiopatia congênita, uma doença na estrutura do coração.

Como a cirurgia é complexa e o hospital da cidade não tem condições de fazer o procedimento, o recém-nascido está internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal desde então.

A multa, caso o estado descumpra a decisão judicial, é de R$ 5 mil. A Secretaria Estadual de Saúde afirma que a Central de Regulação de Ofertas e Serviços de Saúde (Cross) não foi notificada sobre a decisão até o momento.

Enquanto a transferência não ocorre, o pai da criança, o pedreiro Bruno Monteiro da Rosa, sonha com o fim da angústia do filho e com a chegada dele à casa da família.

“Não tem que esperar mais, é uma vida que está ali”, exclama o pai.

O pedreiro conta que não foi passado nada a respeito da doença durante o pré-natal. “Estão aguardando. Falam que não tem vaga, mas é uma coisa que não dá para esperar mais. Tem que fazer urgente. Então está bem complicado, a gente não sabe o que faz”, lamenta.

Sabendo da gravidade, o próprio pai procurou o Ministério Público para conseguir uma vaga em um hospital de referência, já que a cirurgia é complexa e deve ser feita por uma equipe especialista em neonatal.

O pedido no Ministério Público foi feito no início do mês. O promotor do caso, Cláudio Sérgio Alves Teixeira, diz que entrou com essa ação na Justiça por causa da urgência e da necessidade de salvar a vida do bebê.

“Nós tentamos administrativamente, através de ofícios cobrando respostas, e as respostas eram sempre invasivas, estamos tentando uma vaga, essa vaga vai ser conseguida, mas não havia data. Como o relatório da Santa Casa, muito bem elaborado, detalhava a gravidade do caso, na quinta passada [dia 25] decidi ajuizar a ação pedindo urgência”, explica.

O superintendente da Santa Casa de Itapeva, Aristeu de Almeida Camargo Filho, justifica que acionou o sistema de vagas do estado assim que o bebê nasceu e que tem tentado a transferência, mas sem sucesso.

“De imediato a Santa Casa entrou na Cross, que é o serviço de regulação da Secretaria Estadual de Saúde, comunicando o fato. A gente vem renovando essa solicitação diariamente e fazendo todos os contatos possíveis para que essa criança fosse transferida o mais rápido possível, uma vez que a cirurgia é imprescindível para a continuidade da vida da criança”, alega.

Fonte: G1.

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