A Justiça Federal de Ourinhos condenou dez pessoas, entre elas funcionários da Artesp, a agência que regula o transporte público no estado, por envolvimento em suposto esquema de corrupção. Três policiais rodoviários federais foram absolvidos de todas as acusações. O esquema, segundo o processo, envolveria policiais rodoviários federais, fiscais da Artesp e funcionários de empresas de ônibus.
A operação veredas, deflagrada em 2007 pela Polícia Federal levou para a prisão 34 pessoas, 23 foram indiciadas em dois processos. Em uma das ações foram julgados 14 envolvidos. Com o auxílio de escutas telefônicas autorizadas pela Justiça, a investigação apontou que empresas de transporte coletivo pagavam propina a funcionários da Artesp.
A investigação aponta ainda que os fiscais corruptos multavam empresas que trafegavam por determinadas rotas e transferiam os passageiros para outras empresas que participavam do esquema e que tinham concessão para atuar no mesmo trecho. Segundo a Polícia Federal, o esquema funcionou entre os anos de 2006 e 2007 em rodovias federais.
Na decisão a Justiça absolveu de todas as acusações os policiais rodoviários federais André Lúcio de Castro, Lourival Alves de Sousa e Mario Luciano. Já os policiais Moisés Pereira e Cássio Aparecido Bento de Freitas foram condenados por violação de sigilo, o que pode resultar nas perdas das funções públicas e reclusão.
Três fiscais da Artesp e cinco funcionários das empresas envolvidas foram condenados por corrupção e formação de quadrilha. Todos os condenados poderão recorrer da decisão em liberdade. O advogado de defesa dos policiais rodoviários federais espera mudar a sentença no Tribunal Regional Federal.