Moradores recorrem a cidades vizinhas por gasolina mais barata

4969 Jornal O Avaré 29/08/2016 00:19:51

Na hora de abastecer o carro, os moradores de Avaré precisam desembolsar, em média, R$ 3,68 por litro de gasolina, segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo (ANP). O preço médio do combustível é o quinto mais caro do estado de São Paulo, conforme a agência. Por causa disso, muitos motoristas vão a municípios vizinhos para comprar gasolina mais barata. “Eu viajo muito e aproveito, quando vou para outra cidade encho o tanque, porque é mais barato nos outros lugares”, diz Luciano Augusto Borba.
 
 
De acordo com o levantamento da ANP, o preço da gasolina na cidade (R$ 3,681) fica atrás apenas de Birigui (R$ 3,75),  Lins (R$ 3,69), Cubatão (3,689) e Presidente Prudente (R$ 3,688).
 
 
A Agência coletou os preços de 33 postos de Avaré para fazer a média. Alguns estabelecimentos ainda fazem promoções alguns dias da semana, mas o preço mínimo fica em R$ 3,59, bem acima de Itapetininga (SP), a maior cidade da região, onde o mínimo é de R$ 3,14.
 
 
“Eu não entendo o porquê dessa gasolina ser mais cara. Não encontrei um motivo ainda para a gasolina de Avaré ser desse preço”, reclama o militar de reserva da Aeronáutica Gilson Rocha Duarte.
 
 
O cirurgião dentista Julcilei Teixeira também lamenta: “Aqui em Avaré o preço do combustível é bem caro, principalmente gasolina, a gente que costuma ir a outras cidades no fim de semana percebe que é mais barato. E isso no fim do mês faz diferença".
 
 
 
 
 
Justificativa das empresas.
 
 
O empresário Sergio Rigonati é dono de um posto no município. Segundo ele, a qualidade do combustível e o alto custo de manutenção é que fazem o preço mais caro na cidade. “A qualidade sempre exige um preço mais alto, se você compra uma coisa de péssima qualidade é claro que o preço é bem mais barato. Hoje temos um custo fixo financeiro muito alto, que podemos estimar de 10% a 15% do combustível. Então o empresário que paga seus impostos certinho ou fecha ou repassa o valor”, afirma.
 
 
A escolha do preço a ser cobrado é de responsabilidade dos empresários, explica o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo (Sincopetro) na região de Bauru (SP), José Antônio Reghine.
 
 
“O preço da venda cabe exclusivamente ao revendedor. Ele é responsável, ele que calcula seu preço de venda, sem interferência de ninguém. Existe um órgão específico, a ANP, que fiscaliza a qualidade e quantidade. Mas de preço ninguém faz isso”, diz.
 

 

 

Fonte: G1.

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