Pais se revoltam contra funcionárias por torturar crianças em Itatinga

7266 Jornal O Avaré 14/07/2017 07:27:25

Duas funcionárias de uma creche municipal de Itatinga foram afastadas das funções após a divulgação de um vídeo que mostra uma das monitoras agredindo alunos de 3 anos. O vídeo da câmera de segurança da escola foi divulgado nas redes sociais e causou a revolta dos pais.
 
 
Os pais agora esperam por Justiça. Um boletim de ocorrência foi registrado e a polícia abriu um inquérito para apurar os fatos. O Conselho Tutelar também acompanha a denúncia e vai encaminhar as crianças para acompanhamento psicológico.
 
 
A câmera instalada na sala da creche registrou todas as agressões que aconteceram na última quarta-feira (5). Logo no início, uma das crianças é agredida pela monitora. Ela bate no aluno que está deitado. Em outro momento a monitora pega um colchão e joga em cima das crianças e uma delas chega a cair. A mulher ainda joga outro colchão, mas não acerta as crianças.
 
 
Na sequência, a monitora continua torturando as crianças, ela chega a puxar o cabelo de uma criança que brincava em um dos colchões. Em outro ponto da gravação, um aluno, aparentemente mais velho, tenta beijar a força outras alunas. Ele faz isso várias vezes, e as duas instrutoras não fazem nada para impedir. Em determinado trecho uma delas segura a menina pelo cabelo para que o menino possa beijá-la. Depois o menino volta, a menina tenta afastá-lo, mas a instrutora obriga mais uma vez.
 
 
 
Revolta
 
 
Os vídeos foram gravados pelo circuito interno de monitoramento da creche na semana passada, mas os pais das crianças dizem que elas estão apresentando mudanças no comportamento há pelo menos dois meses. Por isso eles acreditam que as agressões estão acontecendo há bem mais tempo.
 
 
“Elas sempre reclamavam que elas batiam, mas a gente sempre acha que é coisa de criança, nunca fui atrás e agora vem um arrependimento da gente, de não ter acreditado no filho da gente”, completa a mãe de uma das crianças, não identificada para preservar a identidade da menor.
 
 
A revolta entre os pais é grande. “A gente até achava que era algo mesmo do convívio com outras crianças, algumas mais velhas, essa mudança do comportamento. Mas vendo esses vídeos a gente acaba repensando o que a gente imaginava. O que a gente pode sentir é raiva, ódio, mesmo que eu não tenha visto a minha filha nesses vídeos, sendo agredida, eu conheço todos os pais, a gente se vê todos os dias na porta da creche e a gente ver uma coisa dessas acontecendo com as crianças, a gente não imagina isso para ninguém”, afirma um dos pais, que não foi identificado para preservar as crianças.
 
 
A procuradoria jurídica da prefeitura de Itatinga explicou que as duas funcionárias que aparecem nas imagens foram afastadas. “Elas vão ter de responder processo administrativo na prefeitura e foram afastadas das funções com as crianças, mas estão trabalhando em outros setores, sem esse contato”, destaca a procuradora Priscila Arruda de Oliveira Paulo.
 
 
A diretora de educação de Itatinga diz que, até então, as funcionárias nunca tinham apresentado problemas. “As duas são serventes concursadas, mas há muitos anos elas trabalham como pajens, por isso demos continuidade nesse trabalho porque ainda não tivemos a oportunidade de fazer um novo concurso”, ressalta a secretária de Educação, Lígia Barnabé. Fonte G 1
 
 
 
Prefeito eleito se manifesta
 
 
João Bosco, eleito prefeito nas suplementares de 02 de julho, se pronunciou via rede social. “Assisti aos vídeos dos casos da creche, e fiquei muito preocupado em saber que esse tipo de coisa acontece tão próximo da gente e com nossos tesouros que são nossos filhos, no meu caso que tenho netos pequenos”, disse.
 
 
Ele continuou: “quero assim que assumir uma reunião com servidores da área de Educação, no sentido de dar a eles meu apoio e compromisso para que não aconteça mais em nosso município coisas desse tipo, que imagino que esse é um caso isolado. E para tranquilidade dos pais iremos realizar um projeto para configurar seus celulares para que possam acompanhar o dia de seus filhos em tempo real, para salas com crianças até 6 anos de idade”.
 
 
 
Fonte: Jornal Sudoeste Paulista.

OUTRAS NOTÍCIAS

veja também