Polícia Civil encontra irregularidades durante a 'Black Friday' em Boituva

7034 Jornal O Avaré 26/11/2016 09:25:13

A Polícia Civil de Boituva (SP) realizou fiscalização em pelo menos 30 lojas da área central durante a "Black Friday", nesta sexta-feira (25). De acordo com o delegado responsável pelo caso, Emerson Jesus Martins, os policiais encontraram crimes contra o consumidor previsto no Código de Defesa do Consumidor, como produtos inexistentes, preços diferentes aos anunciados e porcentagem errada, nas filiais das Casas Bahia, Boticário e Claro. Os gerentes dos três estabelecimentos foram levados para a delegacia, onde prestaram esclarecimentos.
 
 
Em nota, a loja Casas Bahia afirmou que, devido a um erro de um funcionário, o preço da poltrona foi trocado por outra. Assim que identificado o erro, os cartazes foram trocados, diz a empresa. A Claro alegou que está apurando o ocorrido e que a empresa observa rigorosamente as normas legais das relações de consumo.
 
 
Já a loja Boticário informou, em nota, que desconsidera a prática feita em Boituva como irregular. A empresa informou que os anúncios e condições da ‘Black Friday’ são as mesmas para todas as lojas da rede e que os descontos variam de produto a produto.
 
 
Segundo o delegado, após denúncia de moradores, policiais à paisana realizaram a fiscalização. Nas Casas Bahia, os policiais constataram que uma poltrona em exposição era anunciada a R$ 349, quando, na realidade, custava R$ 700. “Tiramos foto antes e quando um policial ‘tentou’ comprar a poltrona o vendedor disse que aquele não era o preço, que na verdade  custava R$ 700”, conta o delegado.
 
 
 
 
Na Claro, os policiais encontraram em frente à loja uma propaganda anunciando smartphones com até 95% de desconto, só que não havia nenhumo produto no local com tal desconto. “Quando entramos e perguntamos sobre o modelo que estava com 95% de desconto eles disseram que não tinham. Ou seja, eles usaram aquele anúncio em frente à loja para que os clientes entrassem, os enganando”, diz.
 
 
E na loja Boticário, os policiais acharam quatro produtos, entre loções e perfumes, com descontos abaixo da porcentagem anunciada. “Nas etiquetas era informado que os produtos estavam com 70% e 50% de desconto. Só que ao fazer as contas vimos que a porcentagem não era a mesma. Em alguns dos produtos a diferença era de reais, enquanto em outros de centavos. De qualquer forma, a informação errada servia para enganar o consumidor”, explica.
 
 
Ainda segundo o delegado, os gerentes das três lojas foram levados para a delegacia, onde assinaram um termo circunstanciado e, em seguida, liberados. "O processo foi encaminhado à Justiça e as empresas podem ser multadas pelo Procon ou pelo Poder Judiciário", completa o delegado.
 
 
 
 
 
Fonte: G1.

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