Primeiro caso de chikungunya do ano deixa Avaré em estado de alerta

2491 Jornal O Avaré 01/10/2015 11:43:18

'Já tomamos as providências de bloqueio e nebulização', afirma secretária.
Paciente, de 47 anos, fala em fortes dores, coceira e inchaço por doença.

 

 

O primeiro caso de febre chikungunya de 2015 em Avaré (SP), confirmado na terça-feira (29) pela Vigilância Sanitária, deixou o município em estado de alerta pela Secretaria de Saúde. O órgão promove ações para destruir criadouros do mosquito da dengue, Aedes aegypti, o mesmo transmissor da febre chikungunya. Se um inseto pica a paciente infectada, pode levar a doença para todas as pessoas que picar em seguida.

A secretária de Saúde de Avaré, Vanda Corina Nassif, orienta que as pessoas fiquem alertas aos sintomas semelhantes ao da dengue e que procurem um pronto-socorro quando suspeitarem da doença. "A partir do momento em que tem um caso confirmado no município, sempre há a possibilidade de um mosquito ter picado a paciente e ele ter picado alguém. Isso é possível, mas todas as medidas necessárias de precauções foram tomadas”, afirma 

A doença pode deixar sequelas graves, pois a pessoa infectada pode ficar de 3 meses a 3 anos sentindo dores fortes nas juntas e articulações. O tratamento é por acompanhamento médico com remédios para controlar as dores.

Entenda o caso
Segundo a Vigilância Sanitária, a paciente de 47 anos não precisou ser internada. Ela tem tido acompanhamento ambulatorial e foi contaminada em viagem a Arapiraca (AL). Segundo ela, que não quer se identificar, não está totalmente recuperada, mas melhor em comparação com o que já passou:

“De início tive dores nas articulações, muita febre, o corpo fica todo vermelho. Dor de cabeça, ânsia, vômito e, por último, o corpo fica todo ‘pintadinho’ e começa a coçar. Coça muito, é desagradável. Simplesmente paralisa a gente. Deixa com fortes dores, a gente ‘se arrasta’, os joelhos ficam inchados. Cada vértebra da coluna dói, dói tudo”, conta.

Todo o Bairro São Judas Tadeu, onde a mulher mora, foi nebulizado entre 15 e 19 de setembro. No local há uma creche que atende mais de 100 crianças, de 4 meses a 3 anos. A diretora foi avisada sobre o caso e marcou uma reunião com os pais para explicar sobre o problema e pedir para que redobrem os cuidados. A Vigilância ainda decide se vai estender a nebulização para os bairros vizinhos.

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