Represa de Jurumirim opera com 38% da capacidade total

2807 Jornal O Avaré 02/08/2014 09:09:12

Com a queda de cerca de 3,5 metros, paisagem é alterada em Avaré (SP).
Média histórica da represa para julho é operar com 75,3% da capacidade.

 

 

A represa de Jurumirim, em Ava (SP), está operando com 38,7% do nível de água normal, segundo a concessionária que administra o reservatório. Com a queda de cerca de 3,5 metros do nível da água, a paisagem da represa sofreu diversas alterações, como por exemplo, surgimento de bancos de areia e aparecimento de troncos de árvores. 

 

Marcas na estrutura de ponte mostram o quanto a água baixo (Foto: Reprodução / TV TEM)Marcas na estrutura de ponte mostram o quanto
a água baixou (Foto: Reprodução / TV TEM)

O motivo da redução de água, segundo a concessionária, é falta de chuvas no último verão e durante o inverno. Além disso, no verão foi registrado um consumo recorde de energia elétrica devido às altas temperaturas, o que causou maior geração de energia e, consequentemente, aumentou a utilização das águas.

 

O reservatório da usina hidrelétrica Jurumirim banha os municípios de AngatubaArandu, Avaré, Cerqueira CésarItaíItapetininga, Paranapanema, PirajuTaquarituba e Tejupá, totalizando 1.286 quilômetros de bordas de reservatórios. Atualmente, a barragem  é a peça-chave no aproveitamento da região do Médio Paranapanema.

 

A média histórica da represa para o mês de julho é operar com 75,3% da capacidade total, isto é, uma redução de 24,7% no nível – número 36,6% menor que a queda atual. Essa média é calculada sobre os registros dos últimos 30 anos. Mas, mesmo com o nível mais baixo, a operação das usinas hidrelétricas está normal.

 

Se o nível baixo da represa não está prejudicando o funcionamento da usina, por outro lado, está afetando comerciantes e turistas. Segundo o pescador Luis Alberto, o nível da água 3,5 metros abaixo que o normal, gera risco para a navegação. Os barcos podem ficar encalhados. Ele afirma que principalmente os turistas correm risco de acidentes. “O perigo maior é na parte da navegação. Quem não conhece a área corre um risco muito grande de atolar em um banco de areia, mas para quem conhece não tem problema. Quanto à pescaria, o nível baixo não atrapalha em nada.”

 

O pescador conta ainda que se assustou com a seca deste ano. “ A situação é realmente crítica, principalmente, tratando-se em navegação que torna perigosa demais. Eu vim para cá na década de 80 e nunca tinha visto uma situação dessa”, afirma.

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