Sem vale-alimentação servidores entram em pânico

2802 Jornal O Avaré 12/10/2016 07:36:40

A luta pela sobrevivência familiar entre os funcionários da Prefeitura de Avaré, que esperam pelo vale-alimentação, leva alguns deles a entrar em pânico, por não ter mais condições de fazer compras nos supermercados da cidade.
 
 
O desespero é total e com relação aos cartões disponibilizados aos servidores, em que alguns já estão bloqueados, o que resta é trocar ideias com os demais colegas para saber qual é o supermercado que está aceitando determinado cartão, para ser a salvação do feriado de hoje, dia 12 de outubro, porque ontem o desespero era achar um supermercado ou um posto de gasolina que aceitasse um determinado cartão.
 
 
Ninguém tem noção de como estão vivendo uma boa parte dos servidores da Prefeitura de Avaré que, sem dinheiro não têm a quem reclamar mais, a não ser trocar informações com colegas para saber como deve se comportar para levantar dinheiro para o dia de hoje, 12 de outubro, o Dia da Criança.
 
 
O caso é tão sério que quando um servidor consegue passar um de seus cartões em um supermercado, já entra na rede social e informa aos demais quais os estabelecimentos que estão aceitando para que corram se abastecer através desse cartão.  É possível imaginar o quanto o comércio da cidade está deixando de vender em consequência dessa demora do vale-alimentação e do atraso no pagamento.
 
 
A situação é tão crítica que a simples liberação de 200 reais na data de hoje, 12 de outubro, para os servidores parece um prêmio, quando na realidade é o direito que eles têm. No diálogo entre uma colega com outra, uma chega a reclamar “preciso de comida em casa” não tenho cartão e nem dinheiro. A lamentação é tão grande que algumas dessas servidoras chegam a perder a cabeça, desejando que Deus dê em dobro o que eles estão passando.
 
 
Uma servidora não se conforma de trabalhar na Prefeitura e estar passando necessidade no sentido de colocar alimento para sua família. Ela chega a afirmar que nunca na vida passou por uma situação tão humilhante, sabendo que trabalhou e tem direito de receber seu salário e também o vale-alimentação.
 
 
Outra não perde a esperança e diz temos que continuar lutando; é inadmissível faltar comida no prato do trabalhador quando os incompetentes comem caviar às nossas custas.   Afinal, vem a lamentação mais triste e que corta o coração de qualquer um, quando uma servidora comovida fala:
 
 
“É triste não poder comprar um presente para os filhos”.
 
 
Quanto ao prefeito Paulo Novaes, as críticas são ácidas, porém recheadas de verdade, sem que ninguém possa defendê-lo pela atuação péssima que vem fazendo em seu final de governo, a ponto de deixar uma parcela considerável de servidores passando por privações financeiras.
 
 
 
 
 
 
Fonte: Jornal do Ogunhê.

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