Teatro interditado há 3 anos em Avaré deve ser entregue até o final de 2015

Novembro é o mês de liberação do espaço, segundo o secretário de Cultura.
Artistas reclamam, pois têm que utilizar locais improvisados para os ensaios.

Mesmo com o título de estância turística, Avaré (SP) está sem um espaço público adequado para apresentações teatrais desde 2012. Enquanto ainda segue fechado para adequações de segurança, artistas reclamam do esquecimento com a classe. A prefeitura informa que as obras estão em fase final e há um novo prazo para reinauguração do local: novembro deste ano.

Felippe Diego Gomes da Silva faz parte da única companhia de teatro independente que ainda está em atividade no município. São aproximadamente 80 integrantes que trabalham com artes cênicas em Avaré. Sem poder usar o teatro municipal, eles ensaiam em espaços improvisados, como o centro de cinema. As apresentações ocorrem a cada 15 dias.

Segundo o ator, quando o teatro funcionava, os espetáculos aconteciam frequentemente. O público era maior e a estrutura mais adequada. “Quando o local estava aberto, existiam seis companhias na cidade. Isso é muito interessante, pois é esta competição que faz a qualidade surgir”, disse.

O Teatro Doutor Otávio Morales Moreno foi inaugurado em 1996. O pesquisador Gesiel Junior lembra do cenário cultural favorável na época em que o espaço funcionava. “Ao longo desse período, o local ocupou um espaço importante na trajetória cultural da cidade”, afirma.

O prédio foi interditado em 2012 para passar por adequações que precisavam ser feitas por questões de segurança, exigidas pelo Corpo de Bombeiros, segundo a Secretaria de Cultura. Desde então, a área está fechada e passa por reformas, que já custaram R$ 250 mil, mas devem chegar a quase R$ 1 milhão.

Hidrantes foram instalados e todo o local está sendo sinalizado. Os materiais inflamáveis foram trocados pelos que não propagam o fogo e equipamentos de som, iluminação e as cadeiras já foram comprados.

O auditório está praticamente pronto, mas o secretário de Cultura de Avaré, Gilson Câmara, explica que o motivo da demora na entrega do teatro são dois prédios anexos, que são parte do complexo e passaram a ser de responsabilidade da secretaria. "Também estes locais têm de se adequar às medidas de segurança", disse.