Vândalos invadem centro de umbanda em Botucatu

9197 Jornal O Avaré 30/10/2015 09:06:17

Imagens foram destruídas, objetos foram furtados e, como local está preservado para perícia; sessão de ontem teve que ser cancelada em Botucatu

 

A sede da Associação Espírita União da Umbanda em Botucatu (100 quilômetros de Bauru) foi invadida por vândalos no final de semana. Além de quebrar imagens do altar, desconhecidos furtaram objetos do local e deixaram um rastro de destruição. Os prejuízos foram estimados em R$ 7 mil e sessão dessa terça-feira (27) teve que ser cancelada porque o local está preservado para o trabalho da perícia. A previsão é de que a sessão de sexta-feira (30) seja realizada normalmente.

A sede da associação fica na rua Curuzu, Centro de Botucatu. Em nota divulgada nas redes sociais, a entidade informou que, na madrugada do último domingo (25), vândalos pularam o muro lateral, quebraram diversas imagens do altar e roubaram duas adagas (uma arma branca semelhante a uma espada curta) e uma faca.

No total, 15 imagens sofreram algum tipo de dano e algumas tiveram a cabeça arrancada. Várias guias (colares coloridos usados nos trabalhos e que servem como escudo contra as energias negativas) também foram arrebentadas. Além disso, páginas com os nomes dos frequentadores do templo foram levadas pelos invasores.

O crime só foi descoberto na última segunda-feira (26). O prejuízo, segundo a associação, foi estimado em cerca de R$ 7 mil. Em razão da necessidade de preservação do local para o trabalho de perícia da Polícia Científica, que ainda não foi feito, a chamada Gira (sessão espírita da Umbanda), que seria realizada nessa terça (27), teve que ser cancelada.

Investigação

O caso foi registrado no plantão policial de Botucatu como furto qualificado e o 1º Distrito Policial (DP) já deu início às investigações visando identificar os autores. Na opinião da associação, o ataque foi motivado por intolerância religiosa. “Nada do que foi quebrado e roubado prejudicará nossos futuros trabalhos”, afirmou.

“Apenas um local que se destaca e cresce em seu axé e, principalmente, no trabalho social e não em benefícios próprios, e que hoje tem 50 membros diretos e mais de 50 pessoas que nos procuram em nossos dois dias de trabalhos por semana sem cobrar nada de ninguém se torna um incômodo a várias pessoas”.

Apesar de essa ter sido a primeira ocorrência de invasão registrada pela entidade umbandista, o local já foi apedrejado por desconhecidos em dias de culto. Até o fechamento desta edição, nenhum suspeito havia sido identificado.
 

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