A VOZ DA REPRESA Ed. 17.10

3618 Jornal O Avaré 17/10/2015 04:20:24

A VOZ DA REPRESA                                                       A Voz do Vale

Costa Azul                                                                                            ed. 17/10/2015

                 & Adjacência                                                                                              

 

“A crítica ou o elogio de cara nova”           

 

por: Carlos “Cam” Dantas

e-mail: avozdarepresacam@gmail.com

# MACOR Engenharia discorda da coluna anterior. Também do colunista, óbvio, e confirma que irá concluir os serviços do Calçadão da Orla da Praia do Costa Azul dentro do prazo previsto (por último), ou seja, 31/12/2015. Arre égua! “O atraso ocorreu devido às chuvas” (Huumm!!).

Após várias paralisações, esta obra que foi iniciada em junho de 2012 já gerou muitas reclamações e questionamentos técnicos de execução, e assim muitos duvidam que o contrato firmado no valor de R$ 2.323.374,88 será, de fato, concluído em 2015.

Desde quando o engenheiro Alexandre Leal Nigro, ex-secretário Municipal de Planejamento e Obras do Governo Barchetti assumiu o comando da MACOR para a conclusão do Calçadão, as “coisas” começaram andar num ritmo mais aceitável. A favor dele, Engenheiro Alexandre: Conhece os pormenores do Edital, já que era o “chefe-mór” da fiscalização quando Secretário (junto com o pessoal do DECON na época; arquiteto João Dalcim, Engº Fabiano Peres, entre outros) e pode acelerar etapas e realizar a obra dentro do padrão de qualidade exigido e cronograma estabelecido para não mais solicitar outro absurdo (e ilegal) aditamento de prazo que pode comprometer (novamente; outra vez; de novo?) o (por enquanto) Secretário Municipal de Planejamento João Dalcim.

Entretanto merece ser observado que, caso a MACOR solicite (após todas as ocorrências negativas registradas) adiantamento de verba – e seja contemplada – por certo irá gerar um clima de desconfiança junto ao Legislativo avareense que pode trazer certo transtorno para o Governo Poio Novaes. E isso vale também às empresas SIGACON – Projetos e Construções Ltda e SOGRAM – Serviços Técnicos Empresariais Ltda. E não adianta reclamar para o “nosso” Deputado! Muito menos para o “nosso” lobista.

Contra ele, Engenheiro Alexandre: Tem conhecimento (pelo menos ouviu falar ou leu às inúmeras denúncias formuladas) das eventuais “maracutais” ou melhor, falhas, apontadas na obra e não tomou nenhuma providência prática a respeito, como por exemplo, fazer valer o Item 16.3.3 do contrato MACOR/Prefeitura via DADE (A Voz da Represa de 09/08/2014 e 27/06/2015, entre outras edições do “A Voz do Vale”) e não pode, agora como empreiteiro, alegar desconhecimento do problema. “Arre égua!”

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# Quase um “Black-out” no Costa Azul.  Com certeza, também em toda a região do Jurumirim atendida pela CERIPA – Campanhia de Eletrificação Rural Itaí Paranapanema Ltda que ficou às escuras por várias horas na madrugada do último sábado, bem como por vários dias no mês de setembro e início de outubro. Basta uma chuva mais intensa e... pimba! Lá se vai à energia e o Costa Azul vira um breu só com a escuridão que se verifica. As desculpas da atendente quando o reclamante aciona os serviços de emergência da Ceripa já não “cola mais”. Tem que virar o disco, pessoal! A verdade é uma só e se apresenta de forma clara, incontestável: Faltam investimentos pontuais. O consumo de energia elétrica na região da Represa sofreu um acréscimo significativo com a expansão verificada. Centenas de casas e de conjuntos residenciais surgiram nos últimos anos e a Subestação da Ilha Verde tornou-se obsoleta, com tecnologia ultrapassada, necessitando de urgente modernização para uma melhor distribuição da energia recebida via CPFL – Companhia Paulista de Força e Luz (unidade Avaré) e repassada para os incautos consumidores. “Reclamar é preciso”, já diz um velho jargão tupiniquim. Todavia, neste caso específico, não adianta. O pessoal do “Tio Hugo” nos empurra a conta (salgada por sinal) goela abaixo e temos que engolir; sem chiar.

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E o tal do “relógio digital cambiante” que estão gradativamente instalando, substituindo o tradicional, de disco giratório (que alegam ser arcaico); o que falar então? Com certeza o problema ainda deve parar no Ministério Público Estadual – Curadoria dos Direitos do Consumidor já que a ARSESP está demorando em se pronunciar. E por falar em Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo ela aplicou multa de quase R$ 36 milhões à AES Eletropaulo por interrupções no fornecimento de energia, ocorridas entre janeiro e dezembro de 2014. A punição, só agora divulgada, destaca que entre os motivos estão “divergências significativas nos indicadores de continuidade coletivos referentes ao tempo de duração (DEC) e a freqüência (FEC) das interrupções de energia, bem como classificando algumas dessas paralisações “erroneamente” como situação de emergência e assim acabou pagando “valores inferiores aos efetivamente devidos” aos prejudicados. Se perguntar não ofende, “será que a Ceripa não corre risco idêntico? Justo porque, perfeitamente, pode ser enquadrada pelo mesmo motivo”. Sim, tanto que para fortificar o argumento acima, vale citar três exemplos gritantes dentre as inúmeras ocorrências verificadas no Costa Azul: O lucro cessante da “Padaria do Onofre” que não pode assar os pães para atender centenas de clientes da manhã (madrugada do feriado prolongado de sábado para domingo); do biscoito do Sr. José Maria que murchou no forro e ele não pode acatar os pedidos da região; ou do Sr. Marcos, que está montando sua fabrica de sorvete artesanal e perdeu todo o trabalho do fim da semana. São prejuízos consideráveis! Sem falar no motor do freezer e da máquina de sorvete que “pifaram” para desespero do “mestre sorveteiro” devido a alteração de voltagem quando do restabelecimento da energia elétrica; na carne fresca do Sr. Walter que o balcão frigorífico condenou; na carne embalada do Sr. Antônio Carlos que perdeu sua coloração natural, na... E por aí vai! “Arre égua!”

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# Quase faltou água no Costa Azul. Neste feriado prolongado do Dia das Crianças e de Nossa Senhora Aparecida (12/10) o número de turistas e visitantes foi relativamente alto, segundo os locadores de imóveis, e a falta d’água só não se verificou como no período anterior devido o tempo chuvoso que inibiu o uso excessivo do chuveiro, bem como as inevitáveis (às vezes até indevidas) renovações das águas das piscinas, senão... Tanto que em determinados pontos do Balneário as torneiras chegaram a emitir o chiado característico que anuncia possível interrupção do fornecimento com a conseqüente queda da pressão. Em época de verão e as festividades de Natal e Ano Novo que se aproximam, a freqüência no Costa Azul extrapola a previsão. Sendo assim, com certeza, vivenciaremos a falta d’água como aquelas tantas vezes verificadas.

Todavia a verdade inconteste é uma só: “Entra ano e sai ano e o problema no Costa Azul continua, eis que as benfeitorias planejadas (reparos e aumento na vazão da rede de distribuição, por exemplo) e os investimentos programados (abertura de um novo poço profundo na Praça Cruzeiro do Sul e um outro poço de armazenamento e distribuição na Praça Cruz da Carmela, no mínimo) ficaram só nas promessas.

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